3 de jun. de 2009

e o chá frio...

Quis escrever no outro blog, mas escreverei aqui.

Lendo coisas do passado, chorei. Mas chorei tão pouco, que não tenho o direito de chamar isto de lágrima. É um lamento bobo. Um lamento bobo por eu lamentar tanto o passado. Por estar sempre com um olho pra trás, enquanto deveria ter sempre os dois na frente. Ou no mínimo, um pro agora e um pro depois. O antes é que vai me matando...

Não que eu tenha um passado que me envergonha ou super me entristeça. Apenas não consigo deixar de lado todas as cicatrizes. E enquanto eu ainda ler aquele poema e me relembrar daquele dia triste e ficar triste...não estarei completamente curada. Mas você sabe (e eu sei que sabe) que isso está passando. E um dia você lerá tudo isso. Eu sei que vai.

Dores de todos os lados pipocam. Até tirei minhas luvas para escrever melhor e me sentir um pouco mais perto da escrita.

Me dói a possibilidade de ter um futuro todo modificado em função de fatos presentes. Mas isso não vai acontecer. O problema não é o futuro modificado. O problema é essa mudança drástica impensada.

Está tão frio, e eu desejo apenas ter os teus braços nesta noite. Para que o teu calor viesse até mim e o meu até você. Para que estes corações se sentissem menos sozinhos. Para que a gente pudesse parar de sofrer. Para que todas estas dores que me agonizam, silenciem.
É você que tem o equilíbrio de todas as coisas.

Escuto coisas que suguem estas lágrimas malditas de mim. Mas elas insistem em se prender e não saem de modo algum. Ando precisando expurgar todo este mal. Preciso gritar para que esta garganta pare de arder. Preciso chorar, preciso correr.

Não ando procurando um sentido pra vida. Pelo menos hoje.
Procuro pelo amor em sua plenitude. Procuro pela vida que existe em mim. Procuro pelo brilho dos teus olhos e o aconchego de sua alma.

Procuro um lar.
Procuro um lugar belo pra morar, onde eu possa sorrir para fora. Possa correr para dentro.

Procuro pela tua boca me sussurrando palavras belas, onde a gente possa ter paz. Onde os relógios parem e as ruas sejam quentes. Talvez seja logo ali. (a gente vai encontrar)

E numa dessas, eu fiquei aqui e o chá esfriou. Fecharam as janelas e o Sol caiu sem que percebesse. O banho fica pra amanhã, a caminhada fica pra amanhã. O amanhã, vai ter que ficar só pra amanhã.