24 de fev. de 2009

Azedume.


E o carnaval tá acabando!
Adoro quando as coisas acabam em grande estilo. Mas prefiro quando isso acontece com coisas realmente saudosas. Carnaval é um tempo pra descansar, apenas isso.
Mas de qualquer forma, está acabando bem. Com o tempo fechando lá fora, as nuvens tapando o céu. E um vento que vai empurrando esse ar de carnaval pra longe.

Continuo sangrando que nem um bode e detesto o fato de sujar minhas roupas sempre.
Os sonhos são péssimos, e detesto me sentir úmida. (há uma exceção)

Estou louca de vontade de começar logo o curso de corte e costura, pra poder fazer coisas que me sirvam. Pra começar a fazer coisas.
Quero que o Sol vá embora por uns dias, pra que dê tempo de secar o meu suor.
Depois ele pode voltar, pois o suor sempre estará pregado nas minhas costas e na tua mão.

Pintei as unhas de vermelho.
Na hora de pintar as dos pés, me senti Lolita.

23 de fev. de 2009

Fina Flor.


Lá fora tá simplesmente um calor infernal.
Diretíssimo dos infernos, tenho certeza.
Daqueles que não tem nem um ventinho pra mexer um fio de cabelo.

Vez ou outra passa um carro, e se não morasse numa capital, veria um monte de vovós com a cadeira pro lado de fora da casa, sentadas pra rua.
No lugar disso tem senhoras deitadas na frente do sofá, abrindo janelas, bebendo água.

Carnaval não muda em nada.
São só dias pra ficar sem fazer nada, ou adiantar coisas pra fazer.
E não estou adiantando nada. E tenho coisas pra fazer.

Tô com cólica, tô sangrando.
Tô de cabelo feio, tô sem depilar.
Tô com cravos na cara, minha pele tá oleosa.
Já tomei vinte banhos e não me sinto melhor.

E ainda por cima, o namorado tá viajando.
Pelo menos ele não tá aqui pra ouvir minhas lamentações e toda a carga do meu estresse no nível 10 (menstruação é fods, né gente?)

Ele chega quarta, e até lá ainda vou estar sangrando mais do que um bode.
Maravilha.

14 de fev. de 2009

age of aquarius.

Tempo de mudanças, avanços, união.

Pra mim, essa era começou no meio do ano passado. Mas pelo que reparei, estou vivendo leves revoluções no início deste. São boas, mas é o velho papo de optar por um caminho e automaticamente rejeitar o outro. Simples assim.

Pela janela, posso ver o mundo. Vejo tudo. Posso voar se quiser, e se quiser andar, apenas guardo minhas asas na mochila e calço os sapatos de chuva.

Ando tendo decisões. Seria muita idiotice da minha parte dizer que são escolhas difíceis. São super simples. As consequências é que não são lá muito ao meu gosto, mas apenas me calo porque elas dizem respeito à mim e somente à mim.
Não sei se o que estou vivendo é um namoro. É um relacionamento, de qualquer forma. E ele me faz abdicar de algumas coisas (o relacionamento, não o cara). Sim, escolhi ficar com ele.
Escolhi me dar uma chance de viver um amor, mesmo que seja o primeiro e o último. Escolhi ter um pescoço pra me esconder quando tiver medo, mãos pra não me deixar cair, olhos pra viajar.
Escolhi matar uma aula pra ficar aos beijos e olhares em meio às árvores. Escolhi.

Os amigos não ficam em segundo plano. Jamais. Prefiro me dar pauladas do que fazer isso. Estão todos no mesmo patamar. Apenas peço que me deixem adaptar o tempo e os hábitos novos, e então dedicar à cada um o carinho necessário.

13 de fev. de 2009

vamos fugir...

Planos de montar uma república.
Resumo minha semana nisso. Estou levemente indignada.
E quando fico estressada, fico angustiada. Me dói o peito, me dói a alma. E não há o que fazer. É, eu sei. Nessas horas, é complicado encontrar abraço que envolva, sangue que esquente, lágrima que limpe.

Mas sei que te ter ao meu lado é essencial. Mesmo que suas mãos não se ocupem em secar minhas lágrimas. Você sabe que elas devem secar sozinhas, depois de terem escorrido até o final. Você sabe o que se passa aqui, mesmo dizendo que não sabe.

E você sabe que a tua boca, mesmo tendo gosto de cigarro, é o remédio pro meu tédio.

1 de fev. de 2009

Arrancando Sisos.

Fui lá pro consultório.
Salinha de espera...
Nervosa? IMAGINA!

A garota sentada do lado me conta de quando ela arrancou. Disse que foi tranquilo, super de boa. Melhor mesmo é arrancar os quatro de uma vez, porque sofre de uma vez, se fode de uma vez, sara tudo de uma vez. Beleza, vou arrancar os quatro.

Estava super tranquila, até a hora em que ela fala que ENGOLIU um siso. QUÊ? Como assim engoliu? Tá me zuando.
Anestesia...sangue escorrendo, sono batendo...dente saindo...ENGOLIU.

Me permiti dois segundos de pânico, só pra pensar na possibilidade de isso acontecer comigo.

Então o dentista me chamou pra entrar. Era bem bonitinho, viu? Olhos verdes...barba, moreno. (uiui, FOCO). Me explicou como ia fazer tudo, fiz minhas perguntas, ele respondeu. Tudo ok. Em uma hora sairia dali sem os quatro indesejáveis dentes.
Sentei naquela cadeira de-li-ci-o-sa. Fiquei esperando.

- Tá nervosa?
- Eu? Magiiiiiiina, tô su-per tranquila.
- Assim que tem que ser mesmo...sabe que na sexta série eu era apaixonado por uma garota com o teu nome?
- Ah é? E vocês ficaram juntos?
- Que nada, ela me deu um fora...
- Ahmmm.

Aí começou a tortura. Anestesia ali, anestesia ali de novo, anestesia do outro lado, mais anestesia, mais um pouquinho. Achei super fofo, porque a cada agulhada ele me pedia desculpas!

- Ei Val, vou só testar pra ver se o de cima tá fácil de tirar, ok?
- *faz que sim com a cabeça*
- Aió, SAIU!
- ???????????????????? (quêquêquê? Mas não ia testar...?)

Arrancar os debaixo foi tortura, dava pra sentir o dente sendo esmigalhado, o sangue escorrendo pela boca...Uiuiui.
Uma hora e vinte depois, estava eu lá, com uma boca prestes a inchar, sangrando mais que menstruação, sem poder abrir a boca.
Passou uns remédios pra eu tomar, bla bla bla.
E eu lá mais tonta do que o saci, de tanta anestesia.

Cheguei em casa super bem, vish, arrancar os dentes não á na-da.
Segundo dia: quero morrer, tô mais inchada e redonda do que uma bola.
Terceiro dia: quero morrer, tô mais inchada e redonda do que uma bola.
Quarto dia: DESINCHOU SÓ ISSO? Tô sem fome, quero vomitar, tô uma bola.
Quinto dia: desinchou horrores, tinha um churrasco pra ir hoje e tô em casa.

É, acho que até o bofe chegar de viagem, tô ótima e já falei pra ele que vou precisar exercitar a musculatura da boca. E ele quer me ver logo depois que tirar os pontos. Leia se: quinta feira de tarde.

Nem é tão ruim, não. Achei que era pior.
A vizinha me trouxe um pote de sorvete, comentou de arranjar um estágio na Electrolux pra mim! Já falei que adoro pessoas que trazem benefícios pra nossa vida? Adoro a vizinha. A-do-ro.

Devo ter emagrecido uns dois quilos. Estou super feliz. Se não inchasse tanto, queria ter mais sisos pra arrancar.

Mas sair do consultório toda feia, inchada, sangrando, babando e tudo mais, e ainda ouvir do dentista gatão:

- Você é muito corajosa, viu? A sua cirurgia não foi nada fácil...MINHA GAROTA.

Ah, isso não tem preço pra mim. Hahaha.