30 de jul. de 2009

uuuu no baby please don't go

Hoje faz oito meses.

Oito meses que eu passei de ônibus por você e pensei 'ele vai falar que quer ser meu amigo'.
E então fingi que não te vi, sentei num muro e fiquei olhando pro lago de água falsa. Fiquei olhando pros azulejos que formam a bailarina, e desejando não sair dali com o coração partido.

E então você soltou aquele seu sorriso envergonhado, timido, de canto. E por dentro eu sorri e explodia em felicidade, porque eu sabia o que viria na sequência.
E o que veio foram as palavras que atravessaram meu coração feito música.
O meu suspense bobo, pois a resposta era tão clara.
"Quero", e te olhei timidamente como quem espera a recompensa.

E veio aquele beijo. Meio desajeitado, meio sem prática. Mas nossos lábios eram velhos conhecidos. Não tardaram a se identificar.

Não sabia se pegava na sua mão ou não, e com o restinho de orgulho que me sobrou, eu fingia estar bem. Estar forte. Estar por cima.

Mas o fato é que você sempre me teve. Desde o dia em que nos conversamos sem nos ver. E eu nem sequer tinha visto seu rosto. Mas sabia que era alguém especial. Desejei que me desse bola, desejei fortemente que me desejasse.

Hoje encontro conforto e tranquilidade nos seus braços. Gosto de morar no seu riso e repousar no seu canto. Seu abraço me envolve de forma que nem sei explicar. Hoje, sem você não sei quem sou. É um pedaço que faltava na minha vida. E agora que encontrei, não irá embora.

São oito meses.

Ainda tenho a bolsa suja do chocolate que você derrubou numa tentativa de impressionar. Tenho as meias rasgadas. Tenho a camiseta rasgada. Tenho viva em mim a lembrança daquele dia ensolarado onde conhecemos velhos conhecidos. Mas eram diferentes.

Ah, como é bom ser amada e amar. Está entre as melhores sensações.
E eu te amo tanto...

15 de jul. de 2009

heaven.

É.
Os dias andam um inferno. Daqueles em que a gente fica pisando em ovos, e dentro dos ovos têm pregos, e os pregos são enferrujados. E o chão é áspero, e a vida é fria. A água é suja, o vento é seco, etecétera.

Mas acontece que eu não enxerguei isso.

Sim, é preciso ser egoísta, egocêntrica, babaca, imbecil às vezes. Pra dar um basta (mesmo que momentâneo) naquelas coisas que nos atormentam. E eu tô fazendo isso porque cansei de me desgastar pelos outros. Cansei de tentar encontrar pacotes de felicidade alheia nas prateleiras.

No meio do caminho, percebi que a minha tava ficando pra trás. E nisso, ia ficando prejudicada.

É, mais de uma vez, esses problemas deixaram a minha vida afetiva atrofiada. Me fizeram perder uma noite de diversão (não que fosse tãão importante), me fizeram perder uma tarde de sexo, me fizeram perder os sorrisos que me pertencem.
Não faço questão de sorrir todos os dias. Nunca fiz. Mas quando sinto que preciso, sei que é realmente preciso.

Nos dias que passaram, eu andei precisando. De verdade. Mas sempre que tentava, insistia em chorar. Martelar nos mesmos problemas. Esquecer que quem eu amo não é uma tábua de pregos. É o meu refúgio. Meu paraíso pessoal. Onde posso fechar os olhos, porque eu sei que você vai me segurar. Onde posso me esconder atrás do seu braço, me encolher, porque eu sei que você me protege e me esquenta.

Ouço a música que marcou minha transição. Ouço apenas em momentos assim... Mesmo sabendo que ela não vai gastar, e que sempre me lembrarei daquele momento quando a ouvir. Mas tenho medo que um dia se torne uma pastilha e se dissolva. Que vire apenas uma lembrança completamente impalpável. Temo que um dia me perca novamente. E eu tenho muito medo disso.

Os dias já não andam sendo os mesmos. Meu reflexo no espelho andou mudando. Minhas mãos também. Talvez os dias estejam sendo mais longos, mais curtos, não sei. Talvez o mundo realmente acabe. Quem sabe?

O mundo é tão imenso, e é tão horrível se sentir inútil e perdido. Ando buscando meu lugar. Sei que vou encontrar. Há tantas coisas que eu não sei...mas sei de algumas. E essas são as que me fortalecem. Sei que quando você diz que me ama, meu desejo é que seja eterno. Eterno enquanto dure.

Final de temporada de seriados, fim de noite.

Hoje tive que presenciar uma cena lamentável. Onde me colocaram no lugar do carrasco. Onde me fizeram sentir uma boba. Uma sem coração.
Papai uma vez me disse que eu era coração de pedra. Mas ele viu que esse coração é mais mole do que tudo.
Mas hoje, mamãe me acusa de ser o carrasco. De ser a culpada. A cretina, a babaca. A errada, como sempre.

Sempre estou errada.

Mas eu acho que estou certa.

9 de jul. de 2009

my one and only...

Fiquei um tempo sem escrever aqui por diversos motivos.
Todos de cunho familiar.

Pedir uma família perfeita é demais, eu sei. Até porque eu sou parte dela e ajudo na (im)perfeição dela. E desde um tempo, sucederam se diversos acontecimentos desagradáveis.
Orgulho, ignorância, falta de amor, sabe?
E isso está desunindo a minha família.
Está fragmentando em mil pedaços.

Eu que já não possuía uma relação muito legal com o meu irmão, passei a ter uma convivência terrível com a minha mãe. Pelo fato de nunca ter havido uma confiança entre a gente. Daí ela ficou sabendo de coisas que eu não contaria. E isso magoou, chateou, e irritou muito ela. A ponto de me despejar diariamente uma carga de adjetivos que não me cabem. A ponto de tornar a convivência uma coisa...insuportável.

E daí eu curto os meus momentos de respiro. Longe de casa. Ou talvez mais perto de casa, já que aqui não é mais o meu lar. Acredito que a nossa casa é um lugar pra onde a gente tem vontade de voltar. O lugar em que a gente se sente bem. E aqui é cada vez mais um lugar estranho. Ou então a estranha sou eu.

O que eu gostaria? Eu gostaria de pegar aquela passagem e fugir. Mesmo sabendo que não é a melhor coisa a ser feita. Mas sim, eu gostaria de fugir. Correr até cansar. Onde houvesse um pouco de paz. Onde eu não tivesse horários marcados para te amar. E onde meus olhos não chorassem pelas mesmas coisas.

As lágrimas vão ficando cada vez mais raras, cada vez mais intensas. Cada vez mais amargas.
E nem me dei conta de que vou me afundando nesse oceano besta que eu chorei. E vou esquecendo, disfarçando.

Felizes são os dias em que vejo seu sorriso. E nele me perco sem pensar. Mesmo que as pontas dos meus pés fiquem doloridas e meu pescoço acorde machucado. Você é onde eu quero estar. E quando ouço sua voz falando pra mim, bem perto do meu ouvido...acredito.

3 de jun. de 2009

e o chá frio...

Quis escrever no outro blog, mas escreverei aqui.

Lendo coisas do passado, chorei. Mas chorei tão pouco, que não tenho o direito de chamar isto de lágrima. É um lamento bobo. Um lamento bobo por eu lamentar tanto o passado. Por estar sempre com um olho pra trás, enquanto deveria ter sempre os dois na frente. Ou no mínimo, um pro agora e um pro depois. O antes é que vai me matando...

Não que eu tenha um passado que me envergonha ou super me entristeça. Apenas não consigo deixar de lado todas as cicatrizes. E enquanto eu ainda ler aquele poema e me relembrar daquele dia triste e ficar triste...não estarei completamente curada. Mas você sabe (e eu sei que sabe) que isso está passando. E um dia você lerá tudo isso. Eu sei que vai.

Dores de todos os lados pipocam. Até tirei minhas luvas para escrever melhor e me sentir um pouco mais perto da escrita.

Me dói a possibilidade de ter um futuro todo modificado em função de fatos presentes. Mas isso não vai acontecer. O problema não é o futuro modificado. O problema é essa mudança drástica impensada.

Está tão frio, e eu desejo apenas ter os teus braços nesta noite. Para que o teu calor viesse até mim e o meu até você. Para que estes corações se sentissem menos sozinhos. Para que a gente pudesse parar de sofrer. Para que todas estas dores que me agonizam, silenciem.
É você que tem o equilíbrio de todas as coisas.

Escuto coisas que suguem estas lágrimas malditas de mim. Mas elas insistem em se prender e não saem de modo algum. Ando precisando expurgar todo este mal. Preciso gritar para que esta garganta pare de arder. Preciso chorar, preciso correr.

Não ando procurando um sentido pra vida. Pelo menos hoje.
Procuro pelo amor em sua plenitude. Procuro pela vida que existe em mim. Procuro pelo brilho dos teus olhos e o aconchego de sua alma.

Procuro um lar.
Procuro um lugar belo pra morar, onde eu possa sorrir para fora. Possa correr para dentro.

Procuro pela tua boca me sussurrando palavras belas, onde a gente possa ter paz. Onde os relógios parem e as ruas sejam quentes. Talvez seja logo ali. (a gente vai encontrar)

E numa dessas, eu fiquei aqui e o chá esfriou. Fecharam as janelas e o Sol caiu sem que percebesse. O banho fica pra amanhã, a caminhada fica pra amanhã. O amanhã, vai ter que ficar só pra amanhã.

27 de mai. de 2009

Under Pressure (sempre)

Tá. Deve ser bem besta eu ficar preocupada porque a minha menstruação está seilá, SEIS HORAS atrasada. Tá que meu ciclo é de 30 dias. Mas eu tive tpm, meus peitos doeram, estressei, chorei. Tudo. Isso é mais do que prova de quê eu IREI menstruar.
Inclusive o fato de que estou com cólicas no presente momento.
Mas o fato de ela não descer e eu ficar agoniada achando que descerá assim que eu botar o pé no degrau do ônibus, ou quando estiver andando na chuva ou qualquer coisa...me enlouquece.

Cara, a gente se protegeu. É impossível eu engravidar desse jeito. Sério.
Sério.
Sério mesmo.

POR QUE EU FICO NOIADA?
POR-QUÊ?

Já tomei litros de chá de canela.
Cada sopro é uma ida ao banheiro.

20 de mai. de 2009

Schrubbles.

E meu coração está nas tuas mãos!
Como pode?
É um amor tão grande assim dentro de mim.
Céus.

Sei que me joguei. E o resto do mundo anda completamente enevoado.
Sem você, não sei nem chorar.

Daughters.

É estranho eu andar com uma puta vontade de ter família e filhos?
Cara, já não sei de mais nada.

Sempre tive medo de me apaixonar, porque sempre a corda arrebentava pro meu lado.
E então eu levava tempos pra remendar os cacos da minha alma que ficavam espalhados pelo chão do banheiro. Desta vez, foi a mais intensa de todas. Já havia desistido de encontrar todos os pedaços. Mas então você apareceu. E recolheu todos pra mim. Remendou minha alma com suas próprias mãos. E você fez isso tão bem. Não sobrou uma cicatriz. Não sobrou nada de antes. Só o que foi bom.

E eu te amo.

Tenho tanto medo de te perder. Seja para o tempo, para trabalho, qualquer coisa. É egoísmo te querer só pra mim?
A possibilidade de não ver seu sorriso, ou de o verde dos teus olhos se perder pra sempre, me enlouquece. Me enlouquece a ponto de perder a fala.
Por que é que ando tão sem fala?
Demoro pra pensar.

Será por causa do leite que não ando tomando?
Sei que não me sinto como antes.
Como se partes de mim fossem dignas de uma velha de 80 anos. Como se os velhos de 80 anos fossem mais jovens do que eu. E eu fosse apenas uma pessoa jogada no mundo, querendo uma rede e um colo.
Minha garganta em chamas se esqueceu de gritar. Apenas uns sussuros roucos prolongados.

Como se fossem um último suspiro de algo que vive e quer morrer.

16 de mai. de 2009

Last Goodbye


Ó céus.
Falei com um amigo sobre o passado.
Sobre tudo o que aconteceu naquela ilha.
Eu e minha agonia. Eu e minha impulsividade. Eu e minha falta de segurança.
Com tudo aquilo que me falou, minha confiança voltou pros eixos.

Então ouvi que não havia prazer nas outras bocas depois de ter beijado a minha.
E eu não encontrei prazer nos outros braços depois de ter conhecido os dele.

Naquela ilha, eu cresci. Me deixei tocar e beijar por desejos que não existiam em mim. E deixei de correr, te abraçar, e falar no teu ouvido o quanto te amo e o quanto minha vida não foi a mesma sem você. Sequer foi melhor. Antes tivesse sido...

Desde aqueles três, quatro, cinco, seis, sete dias, três meses...não sei. Desde aquele tempo, minhas queixas não foram as mesmas. Foram dizimadas, sumiram. Acho que o mar levou. Ou então aquele pôr-do-sol chateado por não ter sido presenciado. Ou as águas chateadas por não terem me alcançado. O vento que não bagunçou meu cabelo. A Lua que não recebeu meus olhos.

Da praia, só vi a areia. Senti a areia entrar nos meus sapatos, nas minhas coisas. E até hoje me surpreendo com grãos finos em meio à cartões e papéis. Em meio a lembranças, me arrancaram forte sentimentos cravados no peito. Arrancaram com força, sem dó. Deveriam ter passado despercebidos. Mas sangraram tanto...

Chorei. Chorei por 'coisas de adulto'. E vi como não sou adulta por chorar. O adulto é triste. O adulto finge. O adulto mente. E lá estava eu, sentada no chão, pés descalçoes e lágrimas rolando.

Lá estava eu.

Preciso da minha fonte inesgotável. Meu aconchego. Onde tudo o que eu me tornei, nasceu.

Boa Noite.

Água Viva

Hoje fizeram três meses de namoro.
Dia 29 fará seis meses que estamos juntos.
Dia 5 fará dois meses que...

E estamos enrolados a mais de um ano.
Mais de um ano.
É relativamente pouco, mas olhando pra trás, foi tanto.
Deve ser por conta da quantidade de conhecimentos adquiridos. De múltiplas formas.
Sentidos, acoplados, engolidos.
Realmente aprendi muita coisa.

Tive que beijar um cara de olho aberto, pra perceber que era quase nada.
Me deixei levar por mãos alheias, pra perceber que não são as mãos que me tocam e fazem sentir.
Tive que esconder um caminhão de sentimentos na minha garagem, pra que as lágrimas não saissem pela janela e chegassem até você.

Mas agora você está ali do meu lado.
E eu te amo tanto...

2 de abr. de 2009

and I feel it.

Gosto de me perder em você.
Simplesmente adoro.
Acho maravilhoso o jeito como você sorri. Meu coração se enche.
Acho maravilhoso quando você ri, porque tudo aqui em mim ri também.

Adoro seus carinhos estranhos, tipo esfregar a testa na minha testa. Adoro.
Vejo sua força de vontade de mudar, mesmo eu dizendo que não há nada que precise ser mudado.
O jeito como você mudou os móveis da sua casa, como você passou a limpar o chão e a lavar a louça.
Só pra eu ter melhor impressão.
Adoro o jeito como você fala que quer que seja como eu quiser.
Seja com velas, sem velas, com incensos, com lençóis vermelhos, de noite, de dia, de tarde.

E agora está frio. Você diz para eu me aquecer com o seu corpo. Mal sabe que é apenas o teu calor que me esquenta. E é nos teus olhos que eu me enxergo.
Do meu peito pulsa uma força sem fim.
Mesmo que diminua a velocidade, a intensidade continua.
Sequer tenho um vaso pra guardar a flor, mas ela é de plástico.
E como você disse...não irá morrer tão cedo.

Fico boba de ver você fazendo planos, e falando de NÓS. Sempre fui tão egoísta e pensava apenas em mim, no eu, em MEU bem estar e felicidade. Agora me deparo com uma realidade diferente.

Adoro te ver todos os dias. Reconheço teu rosto no meio da multidão, feito um radar. Em você, me perdi. Me encontrei. Estou me encontrando, me descobrindo, me reinventando.

Estou tão feliz.
Mesmo que não pareça.

Estou só cansada. De uma rotina infeliz e cinzenta.
Por dentro é cinza colorido, mas por fora é sempre colorido.
As vezes com um semblante mais pra lá do que pra cá.
Meio abafado, feito uma luz difusa.

Não há nada de errado. Que defeito poderia eu encontrar em você?
Até pentear os cabelos você penteia.
É um imperfeito mais-do-que perfeito.
Foi feito pra mim, por mais que pareça um número maior do que o meu.

14 de mar. de 2009

caixa de lápis de cor.

É um projeto que tenho pra fazer.
Optei pelos lápis de cor.

Optaria por uma caixa de gillete, por uma caixa pra tesoura, caixa de meia calça...qualquer coisa.
Escolhi os lápis de cor.

Estou vivendo momentos tão estranhos.
Seria ingratidão e estupidez da minha parte, dizer que não são felizes.
São felizes, sim.
Mas são um tipo de felicidade diferente.
Uma coisa que sempre associei com proibido, sujo, vulgar.
Ainda tenho um pouco dessa visão.
Mas estou mudando.

Não há nada de sujo.
Quando é sincero, não soa vulgar.

Mas preciso ir com mais calma. Sinto que preciso.
As coisas estão indo escandalosamente rápido.

Preciso enfiar uns cigarros e goles de vinho no meio.
E não somente meter tudo pra dentro.

3 de mar. de 2009

Sunday Morning.

E agora por tua causa, só sei ouvir Velvet.
Só sei ouvir Velvet e lembrar da gente bebendo vinho, dos nossos olhares se encontrando.

E das nossas risadas enchendo toda a sala, e das tuas mãos levando o cigarro à boca.
E então as minhas levavam o cigarro à tua e depois à minha.

Sei que segundas feiras costumam ser uma merda. Mas a minha segunda feira foi maravilhosa.
Comecei em grande estilo.
De meias, sem blusa, deitada num colchão. Bebendo vinho.
Com você.

Até perdi a hora.
Sempre perco a hora com você.

E do que rolou ali, só a gente sabe.
Eu sei.

24 de fev. de 2009

Azedume.


E o carnaval tá acabando!
Adoro quando as coisas acabam em grande estilo. Mas prefiro quando isso acontece com coisas realmente saudosas. Carnaval é um tempo pra descansar, apenas isso.
Mas de qualquer forma, está acabando bem. Com o tempo fechando lá fora, as nuvens tapando o céu. E um vento que vai empurrando esse ar de carnaval pra longe.

Continuo sangrando que nem um bode e detesto o fato de sujar minhas roupas sempre.
Os sonhos são péssimos, e detesto me sentir úmida. (há uma exceção)

Estou louca de vontade de começar logo o curso de corte e costura, pra poder fazer coisas que me sirvam. Pra começar a fazer coisas.
Quero que o Sol vá embora por uns dias, pra que dê tempo de secar o meu suor.
Depois ele pode voltar, pois o suor sempre estará pregado nas minhas costas e na tua mão.

Pintei as unhas de vermelho.
Na hora de pintar as dos pés, me senti Lolita.

23 de fev. de 2009

Fina Flor.


Lá fora tá simplesmente um calor infernal.
Diretíssimo dos infernos, tenho certeza.
Daqueles que não tem nem um ventinho pra mexer um fio de cabelo.

Vez ou outra passa um carro, e se não morasse numa capital, veria um monte de vovós com a cadeira pro lado de fora da casa, sentadas pra rua.
No lugar disso tem senhoras deitadas na frente do sofá, abrindo janelas, bebendo água.

Carnaval não muda em nada.
São só dias pra ficar sem fazer nada, ou adiantar coisas pra fazer.
E não estou adiantando nada. E tenho coisas pra fazer.

Tô com cólica, tô sangrando.
Tô de cabelo feio, tô sem depilar.
Tô com cravos na cara, minha pele tá oleosa.
Já tomei vinte banhos e não me sinto melhor.

E ainda por cima, o namorado tá viajando.
Pelo menos ele não tá aqui pra ouvir minhas lamentações e toda a carga do meu estresse no nível 10 (menstruação é fods, né gente?)

Ele chega quarta, e até lá ainda vou estar sangrando mais do que um bode.
Maravilha.

14 de fev. de 2009

age of aquarius.

Tempo de mudanças, avanços, união.

Pra mim, essa era começou no meio do ano passado. Mas pelo que reparei, estou vivendo leves revoluções no início deste. São boas, mas é o velho papo de optar por um caminho e automaticamente rejeitar o outro. Simples assim.

Pela janela, posso ver o mundo. Vejo tudo. Posso voar se quiser, e se quiser andar, apenas guardo minhas asas na mochila e calço os sapatos de chuva.

Ando tendo decisões. Seria muita idiotice da minha parte dizer que são escolhas difíceis. São super simples. As consequências é que não são lá muito ao meu gosto, mas apenas me calo porque elas dizem respeito à mim e somente à mim.
Não sei se o que estou vivendo é um namoro. É um relacionamento, de qualquer forma. E ele me faz abdicar de algumas coisas (o relacionamento, não o cara). Sim, escolhi ficar com ele.
Escolhi me dar uma chance de viver um amor, mesmo que seja o primeiro e o último. Escolhi ter um pescoço pra me esconder quando tiver medo, mãos pra não me deixar cair, olhos pra viajar.
Escolhi matar uma aula pra ficar aos beijos e olhares em meio às árvores. Escolhi.

Os amigos não ficam em segundo plano. Jamais. Prefiro me dar pauladas do que fazer isso. Estão todos no mesmo patamar. Apenas peço que me deixem adaptar o tempo e os hábitos novos, e então dedicar à cada um o carinho necessário.

13 de fev. de 2009

vamos fugir...

Planos de montar uma república.
Resumo minha semana nisso. Estou levemente indignada.
E quando fico estressada, fico angustiada. Me dói o peito, me dói a alma. E não há o que fazer. É, eu sei. Nessas horas, é complicado encontrar abraço que envolva, sangue que esquente, lágrima que limpe.

Mas sei que te ter ao meu lado é essencial. Mesmo que suas mãos não se ocupem em secar minhas lágrimas. Você sabe que elas devem secar sozinhas, depois de terem escorrido até o final. Você sabe o que se passa aqui, mesmo dizendo que não sabe.

E você sabe que a tua boca, mesmo tendo gosto de cigarro, é o remédio pro meu tédio.

1 de fev. de 2009

Arrancando Sisos.

Fui lá pro consultório.
Salinha de espera...
Nervosa? IMAGINA!

A garota sentada do lado me conta de quando ela arrancou. Disse que foi tranquilo, super de boa. Melhor mesmo é arrancar os quatro de uma vez, porque sofre de uma vez, se fode de uma vez, sara tudo de uma vez. Beleza, vou arrancar os quatro.

Estava super tranquila, até a hora em que ela fala que ENGOLIU um siso. QUÊ? Como assim engoliu? Tá me zuando.
Anestesia...sangue escorrendo, sono batendo...dente saindo...ENGOLIU.

Me permiti dois segundos de pânico, só pra pensar na possibilidade de isso acontecer comigo.

Então o dentista me chamou pra entrar. Era bem bonitinho, viu? Olhos verdes...barba, moreno. (uiui, FOCO). Me explicou como ia fazer tudo, fiz minhas perguntas, ele respondeu. Tudo ok. Em uma hora sairia dali sem os quatro indesejáveis dentes.
Sentei naquela cadeira de-li-ci-o-sa. Fiquei esperando.

- Tá nervosa?
- Eu? Magiiiiiiina, tô su-per tranquila.
- Assim que tem que ser mesmo...sabe que na sexta série eu era apaixonado por uma garota com o teu nome?
- Ah é? E vocês ficaram juntos?
- Que nada, ela me deu um fora...
- Ahmmm.

Aí começou a tortura. Anestesia ali, anestesia ali de novo, anestesia do outro lado, mais anestesia, mais um pouquinho. Achei super fofo, porque a cada agulhada ele me pedia desculpas!

- Ei Val, vou só testar pra ver se o de cima tá fácil de tirar, ok?
- *faz que sim com a cabeça*
- Aió, SAIU!
- ???????????????????? (quêquêquê? Mas não ia testar...?)

Arrancar os debaixo foi tortura, dava pra sentir o dente sendo esmigalhado, o sangue escorrendo pela boca...Uiuiui.
Uma hora e vinte depois, estava eu lá, com uma boca prestes a inchar, sangrando mais que menstruação, sem poder abrir a boca.
Passou uns remédios pra eu tomar, bla bla bla.
E eu lá mais tonta do que o saci, de tanta anestesia.

Cheguei em casa super bem, vish, arrancar os dentes não á na-da.
Segundo dia: quero morrer, tô mais inchada e redonda do que uma bola.
Terceiro dia: quero morrer, tô mais inchada e redonda do que uma bola.
Quarto dia: DESINCHOU SÓ ISSO? Tô sem fome, quero vomitar, tô uma bola.
Quinto dia: desinchou horrores, tinha um churrasco pra ir hoje e tô em casa.

É, acho que até o bofe chegar de viagem, tô ótima e já falei pra ele que vou precisar exercitar a musculatura da boca. E ele quer me ver logo depois que tirar os pontos. Leia se: quinta feira de tarde.

Nem é tão ruim, não. Achei que era pior.
A vizinha me trouxe um pote de sorvete, comentou de arranjar um estágio na Electrolux pra mim! Já falei que adoro pessoas que trazem benefícios pra nossa vida? Adoro a vizinha. A-do-ro.

Devo ter emagrecido uns dois quilos. Estou super feliz. Se não inchasse tanto, queria ter mais sisos pra arrancar.

Mas sair do consultório toda feia, inchada, sangrando, babando e tudo mais, e ainda ouvir do dentista gatão:

- Você é muito corajosa, viu? A sua cirurgia não foi nada fácil...MINHA GAROTA.

Ah, isso não tem preço pra mim. Hahaha.

22 de jan. de 2009

E o próximo instante, eu sei, é quase lá.

Fiquei uns dias com cara de siricotico (nem queiram imaginar). Não saí de casa, não comi direito, nem lembro se cheguei a tomar banho todos os dias. Desregulei com-ple-ta-men-te os meus horários de comer, dormir, ler, fazer nada, olhar pela janela e tudo mais.
Ainda bem que tem mais gente pra cuidar do cachorro aqui em casa, porque se dependesse de mim, já tava lá virando ossinhos do lado da tigela de ração.

Cheguei ao ponto de acordar pra almoçar, e depois deitar e dormir e levantar pra jantar.
Ainda bem TAMBÉM que a janta não sou eu que faço. Mas se faltar, tem um pãozinho ali no armário, ou um pacote de salgadinhos, ou bolachas...se não tiver nada, pode ser água mesmo. Comer nem é tão importante assim.

Mas então, tive que ir ao dentista. Pra quê? Pra ela falar que preciso colocar selante nos dentes do fundo (seja lá o que isso for) e tcharaaaaaam, arrancar os quatro sisos!
Nem precisa falar que estou super feliz com essa notícia, e saio amanhã mesmo pra tirar uma panorâmica dos meus dentes. Se é pra arrancar, tenho que arrancar essas coisas o mais rápido.
Imagine só começar as aulas e estar com aquela cara mais redonda do que a de um panda? Cuspindo sangue e tudo mais? Pfff, me poupe.

Contei a maravilhosa notícia pro meu 'pega fixo' (sou muderna, mas nem tanto) e ele ficou meio chateado, deu pra perceber. Mas falei pra ele que até ele voltar de viagem a minha boca vai estar chuchu beleza sem nenhuma gotinha de sangue. Hahaha.

De resto preciso loucamente de um salão, céus. Preciso arranjar um espaço pra fazer um churrasco, e parece que o Sindicato dos Alugadores de Salões de Festa para Festas Universitárias entrou em recesso.

E de resto dois, preciso loucamente de um cabeleireiro pra dar um jeito na minha juba, uma manicure pra dar um jeito nas minhas unhas e de uma depiladora profissional pra dar um jeito e arrancar todos os pêlos que tão sobrando no meu corpo inteiro.

Aceito doações. Não precisa ser dinheiro, pode ser em serviços.

14 de jan. de 2009

Embrigada.

Ainda estou embriagada da noite de ontem.
Não, não foi a bebida (desta vez).

Foi a companhia.
E eu me perdia nos teus olhos e braços, sentia sua pele quentinha.

O relógio não tinha ponteiros, mas se tivesse, eles não teriam andado.
Teriam corrido.

E correram.

Hora de ir embora.


(Desculpa gente, tô bicha. Admito.)

13 de jan. de 2009

alguma coisa a gente tem que amar, mas o quê?

- Não vai fumar?
- Não, não...obrigada.
- Parou?
- Não
- Não quer nem um trago do meu?
- (sorriso) Não, obrigada.

Por quê se daquele jeito não me falta mais nada?

O tal do Adão, do Príncipe, do Poeta.
Mas será?

Sei, tanto te soltei
Que você me quis
Em todo lugar
Lia em cada olhar
Quanta intenção
Eu vivia preso!

9 de jan. de 2009

Quando é que DÁ?

Dá?

Quando é a hora certa, ehn?
Tenho amigos (amigos homens) que me dizem que já passou da hora pra mim.
Que tô ficando velha...e alguns mais cretinos vêm e dizem 'tá esperando príncipe encantado?'
Nada disso muda a minha opinião de que deve ser com alguém legal.

Tem que ter entrosamento.
Tem que ter intimidade.
Tem que ter amor.

Que nem uma amiga me falou ontem, enquanto caminhávamos, é preciso ter 'corpo, mente e coração'.
Senão não vai rolar (até vai), mas não vai durar.

Tá, talvez eu esteja mesmo ficando velha...(e falar a idade é deveras indiscreto).

Mas uma amiga recentemente teve a sua 'primeira vez'. Me contou em detalhes. E fiquei surpreendida em partes. Em outras ela pareceu mais assustada do que eu.

Enfim, estou adoentada, nem sei mais o que tô falando.
Aquele abraço cheio de enxaqueca.

6 de jan. de 2009

glory box.

Afinal, o que é sensual?
Tem gente que acha sensual aquele monte de machos musculosos suados fazendo caras e bocas.
Acho ridículo.
Hahaha.

Acho que sensualidade tá no fato de conhecer a pessoa, de ter um cheiro bom, um entrosamento legal.
De resto, é tesão ou vontade.
Opinião própria, pra que fique claro.

Como explicar aqueles caras que você ficou/fica/ficará que são feeeeeeeeeeeeeeios feios feios feinhos, tadinhos. Mas que te fazem sentir linda maravilhosa gatona sensual ulalá?
É o jeito como eles seguram a mão, passam os dedos nos teus cabelos...
É aquela voz que sussura o ouvido, e traz um vento quente que te deixa gelada.

As mãos.
Sou uma admiradora de mãos.
As minhas tão boas, boas de ir pro lixo. Mas as dos homens, adoro.
São mãos grandes e fortes, sempre estão quentes.
E além disso, homens parecem ter mil mãos.
É, adoro mãos.

Daquele episódio da praia, só me lembro de o cara que estava ficando, o Artur, ter mãos pequenas.
As mãos dele eram bem pequenas, mas eram firmes e fortes.
Estávamos com um grupo de amigos na praia (junto com o meu atual, que na época era um subordinado, hahaha) e ele sentou na areia.
Me puxou, mas preferi ficar de pé.
A festa da noite era festa a fantasia, e estava eu toda destruída e cansada, com uma camisa branca aberta, uma bandana, um short, meias, e uma cinta liga em uma das pernas.
Então ele ficou sentado no chão, mexendo na liga da minha perna.
O simples fato de a mão dele estar relando na minha perna, já me enchia de arrepios.
E depois ele ficou acariciando bem suavemente com os dedos, e ajeitava a liga que já estava bem ajeitada.
E o atual vendo tudo.

Não me surpreende que o atual tenha vindo pedir para voltar, alguns dias após o ocorrido.
E ainda por cima, confessando ter ficado com ciúmes.
E olhe lá, que nem fiz isso pra provocar ciúmes, já que ele também estava ficando com uma outra-zinha.

5 de jan. de 2009

irmão = caixa de papelão molhada CHEIA


É isso mesmo.

A cada dia que passa me convenço disso. Antes achava que era um pesinho morto, que podia simplesmente ignorar, e tudo ficaria bem.
Mas o meu querido irmão me tira do sério. Seja com piadinhas tolas, seja com imitações minhas de mau gosto. Irmão não serve pra na-da mesmo.
Ele nem era aquele irmãozão legal que me defendia no colégio. Ele fingia que não me conhecia. (E eu não achava isso nada ruim).
E ele também não é aquele irmãozão lindo que as amigas acham lin-do-de-mor-rer-me-apresentaporfavor?
Ou seja: não serve pra nada.

Ele é mais volúvel que uma porta, meudeus. A cada dia está com estilo diferente, nesta busca incansável dele por uma personalidade. Já tentou (e continua tentando) loucamente ter uma pinta de galã malvado, mas só ele não percebe que não consegue.

E outro dia, numa festa? Veio um casal de bêbados falar comigo, falar que eram amigos do meu irmão, e que aquele bêbado passando ali do lado também era.

- Poxa que le-gal, ehn gente? Mas tenho que ir ali fazer...
- Você é pegadora que nem o seu irmão?
- QUÊ?
- Seu irmão é pegador...
- Pffff, DUVIDO.
- Mas você é? Tem uma cara de quem pega horrores.
- Estão enganados (capaz que eu iria contar qualquer coisa pra amigos do meu irmão.)

Dei um perdido qualquer neles e me mandei.
É, ele não serve nem pra buscar um filme na locadora, fechar a janela ou a porta da geladeira.
Não serve pra nada.
Não serve nem de peso morto.

Jesus, chicoteia!

4 de jan. de 2009

under pressure;

Promessas de começo de ano.
Jurei que não ia fazer, ia evitar, ia ter surtos, mas não ia fazer, porque nunca cumpro.

Mas é uma questão de necessidade perder estes 5 quilos que ganhei à custo de muito sorvete, massa, carne e cerveja.
Perder é preciso.

Fumar emagrece?
Porque se emagrece, vou ter que fumar muito mesmo.
Já descobri que cerveja não emagrece, e dá aquela pancinha terrível.
(Ui, as gorduras até se moveram agora)

Sophie acabou de me falar que uma xícara de milho para pipoca não estourado, tem 150 calorias.
E isso equivale a umas três panelas de pipoca.
Aqui só tem de microondas, mas vai essa mesmo.

Vou ficar bem, amanhã começo a fazer as atividades físicas por conta própria.
Porque ando passando vergonha na frente da minha vó.
Ela anda quilômetros e eu não aguento andar duas quadras direito.
(tá, não é bem assim)

Enfim, vida saudável chamando.
Vou ali pegar a pipoca que terminou de estourar, e por favor...não tira o Bowie da vitrola!

3 de jan. de 2009

have you ever really...?

Tá.
Todo mundo tem uns podres pra contar.
Aquela situação embaraçosa, que te deixou verde de vergonha, mas que agora te mata de rir.
(E que os amigos insistem em lembrar, pra dar aquela risada da tua cara).

É.
A minha se refere a um rapaz que veio me encontrar, para aquele carinho, aqueele dengo no final da aula.
Sem problemas.
O único era que ele não havia olhado para um espelho antes de ir me ver.
Aí tinha um pedacinho singelo e amarelo de salgadinho no meio dos dentes (da frente) dele.
Ô delícia!

Fiquei tão sem jeito, não sabia como falar.
Não queria falar, na real.
Então fiquei adiando o beijo. Vai que ele fosse embora e me desse apenas um selinho, tava de excelente tamanho.
Mas ele não quis um selinho.

...

Terminei o beijo de língua mais rápido da minha vida, com uma cara de 'não vou encontrar nada na minha boca, eu SEI'.
Aí ele me olhou com aquela cara de quem queria mais um beijo, e eu olhando atentamente pros dentes dele.
AINDA TAVA LÁ!
O salgadinho ainda tava na boca de-le!

Óótimo!
Dei um perdido qualquer e me mandei dali.

Este micro rolo durou uns cinco dias, acho.
Pedi um tempo.
Ele era bobinho demais.
Lindo, uma gracinha, mas só servia de enfeite.

2 de jan. de 2009

'o futuro já começou'

Sim, ainda na musiquinha da Rede Globo.

Vejo novos tempos se aproximando.
E posso lembrar de coisas que falei e não deveria ter falado, ou deveria.
Sei que expurguei de mim um monte de coisas, e dei a descarga em seguida.

Misturei o que tinha de ruim incomodando aqui (e não fiz isso sozinha).
E os nossos dramas e fantasmas ficaram naquele balde.

Acordei hoje meio cambaleada, estranha e perdida.
Perdida e me sentindo leve, porque o que era ruim se foi!
E agora só restam as coisas boas que hão de vir.

Não há jeito melhor pra começar o ano.