16 de mai. de 2009

Last Goodbye


Ó céus.
Falei com um amigo sobre o passado.
Sobre tudo o que aconteceu naquela ilha.
Eu e minha agonia. Eu e minha impulsividade. Eu e minha falta de segurança.
Com tudo aquilo que me falou, minha confiança voltou pros eixos.

Então ouvi que não havia prazer nas outras bocas depois de ter beijado a minha.
E eu não encontrei prazer nos outros braços depois de ter conhecido os dele.

Naquela ilha, eu cresci. Me deixei tocar e beijar por desejos que não existiam em mim. E deixei de correr, te abraçar, e falar no teu ouvido o quanto te amo e o quanto minha vida não foi a mesma sem você. Sequer foi melhor. Antes tivesse sido...

Desde aqueles três, quatro, cinco, seis, sete dias, três meses...não sei. Desde aquele tempo, minhas queixas não foram as mesmas. Foram dizimadas, sumiram. Acho que o mar levou. Ou então aquele pôr-do-sol chateado por não ter sido presenciado. Ou as águas chateadas por não terem me alcançado. O vento que não bagunçou meu cabelo. A Lua que não recebeu meus olhos.

Da praia, só vi a areia. Senti a areia entrar nos meus sapatos, nas minhas coisas. E até hoje me surpreendo com grãos finos em meio à cartões e papéis. Em meio a lembranças, me arrancaram forte sentimentos cravados no peito. Arrancaram com força, sem dó. Deveriam ter passado despercebidos. Mas sangraram tanto...

Chorei. Chorei por 'coisas de adulto'. E vi como não sou adulta por chorar. O adulto é triste. O adulto finge. O adulto mente. E lá estava eu, sentada no chão, pés descalçoes e lágrimas rolando.

Lá estava eu.

Preciso da minha fonte inesgotável. Meu aconchego. Onde tudo o que eu me tornei, nasceu.

Boa Noite.

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