30 de jul. de 2009

uuuu no baby please don't go

Hoje faz oito meses.

Oito meses que eu passei de ônibus por você e pensei 'ele vai falar que quer ser meu amigo'.
E então fingi que não te vi, sentei num muro e fiquei olhando pro lago de água falsa. Fiquei olhando pros azulejos que formam a bailarina, e desejando não sair dali com o coração partido.

E então você soltou aquele seu sorriso envergonhado, timido, de canto. E por dentro eu sorri e explodia em felicidade, porque eu sabia o que viria na sequência.
E o que veio foram as palavras que atravessaram meu coração feito música.
O meu suspense bobo, pois a resposta era tão clara.
"Quero", e te olhei timidamente como quem espera a recompensa.

E veio aquele beijo. Meio desajeitado, meio sem prática. Mas nossos lábios eram velhos conhecidos. Não tardaram a se identificar.

Não sabia se pegava na sua mão ou não, e com o restinho de orgulho que me sobrou, eu fingia estar bem. Estar forte. Estar por cima.

Mas o fato é que você sempre me teve. Desde o dia em que nos conversamos sem nos ver. E eu nem sequer tinha visto seu rosto. Mas sabia que era alguém especial. Desejei que me desse bola, desejei fortemente que me desejasse.

Hoje encontro conforto e tranquilidade nos seus braços. Gosto de morar no seu riso e repousar no seu canto. Seu abraço me envolve de forma que nem sei explicar. Hoje, sem você não sei quem sou. É um pedaço que faltava na minha vida. E agora que encontrei, não irá embora.

São oito meses.

Ainda tenho a bolsa suja do chocolate que você derrubou numa tentativa de impressionar. Tenho as meias rasgadas. Tenho a camiseta rasgada. Tenho viva em mim a lembrança daquele dia ensolarado onde conhecemos velhos conhecidos. Mas eram diferentes.

Ah, como é bom ser amada e amar. Está entre as melhores sensações.
E eu te amo tanto...

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